Análise comparativa de questões bioéticas do ponto de vista da Administração de Assuntos Religiosos, Igreja Católica Romana e Judaísmo Ortodoxo na Turquia

Autores

  • Cemal Huseyin Guvercin Dokuz Eylul University
  • Kerim M. Munir Harvard Medical School

Palavras-chave:

bioética, Turquia, Administração de Assuntos Religiosos, catolicismo romano, judaísmo ortodoxo

Resumo

Os argumentos estabelecidos por autoridades religiosas são importantes uma vez que eles desempenham um papel crucial na formação de valores sociais na população e influenciam a decisão dos indivíduos na prática referentes às questões de bioéticas. A Administração de Assuntos Religiosos (AAR) foi criada na concepção da República da Turquia em 1924 para guiar considerações religiosas, deslocando-se do califado otomano para uma estrutura bioética secular. Neste artigo, as perspectivas bioéticas da RAA sob tradição islâmica são examinadas e contrastadas com aquelas sob influência da Igreja Católica e de tradições judaicas ortodoxas. Sobre deliberações bioéticas relacionadas com o início e o fim da vida, todas as três tradições religiosas justificam a sacralidade da vida e que a vontade de Deus está em sua preservação. Técnicas de reprodução assistida entre cônjuges são consideradas adequadas, embora o envolvimento de terceiros é explicitamente proibido. Transplantação de órgãos é aprovada por todas as três tradições religiosas, exceto transplante uterino. As práticas contraceptivas são aprovadas sob certas condições — os pontos de vista diferem em abordagens sobre a contracepção e a adequação dos métodos. A decisão da AAR a respeito da clonagem é a sua proibição, assim como no catolicismo romano e no judaísmo ortodoxo. Em outros tópicos, cirurgia plástica e a determinação de gênero são aprovadas somente para tratamento.

Publicado

2017-10-11

Como Citar

Huseyin Guvercin, C., & Munir, K. M. (2017). Análise comparativa de questões bioéticas do ponto de vista da Administração de Assuntos Religiosos, Igreja Católica Romana e Judaísmo Ortodoxo na Turquia. Acta Bioethica, 23(2). Recuperado de https://actabioethica.uchile.cl/index.php/AB/article/view/47483