A contaminação ambiental é um grande problema que afeta a Terra. O território mapuche não é uma exceção, dado que o modelo extrativista transgride os espaços sagrados, explora os recursos naturais e contamina, afetando os modos de vida e de saúde do mapuche. O objetivo do artigo é refletir acerca dos fundamentos éticos da relação mapuche e natureza como contribuições para uma saúde intercultural. Se considera que os fundamentos “Az-mapu”, “küme mogen” e “ixofil mogen” influem fortemente o comportamento do mapuche frente à natureza. O respeito, amor, cuidado, empatia e reciprocidade do mapuche para com a natureza, para consigo mesmo e para com as demais pessoas, lhe permite estar em harmonia e equilíbrio desde o físico ao espiritual. É relevante considerar estes fundamentos éticos para melhorar o serviço de saúde desde uma perspectiva intercultural, considerando para isso a complementariedade, tendo como base o diálogo, com a finalidade de fornecer uma saúde humanizadora, diversa e, portanto, de qualidade, para transitar a um bem estar mais pleno de sujeitos pertencentes a culturas distintas.
Beltrán-Véliz, J., Tereucán Angulo, J. ., Alarcón, A. M. ., Gálvez-Nieto, J. L. ., & Klenner Loebel, M. . (2022). Fundamentos éticos que sustentam a relação mapuche e natureza. Contribuições para uma saúde intercultural: Aportes para una salud intercultural. Acta Bioethica, 28(1), pp. 19–24. Recuperado de https://actabioethica.uchile.cl/index.php/AB/article/view/67276