Este artigo informa sobre uma análise de 20 entrevistas abertas, semidirigidas, realizadas em crianças de rua na Cidade do México, construídas sobre diversos tópicos (Família, Violência, Sexualidade, Obtenção de Recursos e Drogas), e considerando duas etapas de sua vida (antes de abandonar o lar e sua vida na rua). Estes grupos se inserem no seu entorno em condições de vulnerabilidade, nas quais a satisfação das necessidades primárias é o objetivo para a tomada de decisões, daí a falta de expectativas de futuro. Um de seus padrões de comportamento é o consumo de drogas, sendo os solventes os mais usuais. O exercício de sua sexualidade se dá em condições de insegurança. Por isso são freqüentes as gravidezes não desejadas e as infecções genitais. É neste contexto que haverá de se questionar a saúde reprodutiva destes grupos marginais.