Uma das situações frequentemente associadas à decisões éticas em neonatologia se produz em torno ao prematuro extremo. Existe um limite de peso, ou idade gestacional em função das quais não se deveria iniciar as terapêuticas que visam salvar a vida, por serem consideradas inúteis para a bebê? Prolongar a vida sem esperana, impondo sofrimento ao paciente e sua família, ocupando um leito que priva de atenção outro bebê com maior possibilidades terapêuticas de sobrevida? O escore de risco neonatal permite predizer se o prematuro grave é recuperável ou não, possibilitando tomar decisões éticas embasadas numa técnica validada, que permite atuar em benefício da bebê e sua família, ao mesmo tempo que possibilita um uso mais equitativo dos recursos.