No meio urbano manifesta-se uma insurreição latente com expressões múltiplas de formas cada vez mais variadas e imaginativas. A violência urbana apresenta-se como expressão física, ódio contra o instituído e contra o modelo de relações sociais e interpessoais vigentes. É necessário refletir sobre o impensável, sobre aquilo que julgávamos indecifrável desde o não-racional. Pensar o não-racional está muito distante de ser irracional. O grande fantasma da assepsia social pretendeu expulsar a sombra que corroe o corpo individual e coletivo. A análise, em termos de contrato social,cidadania e ideal democrático foi incapaz de explicar as explosões de paixão e emoções tribais. A pergunta que se apresenta é de como enfrentar esta realidade social em ebulição com as limitações normativas e morais.