A bioética hermenêutica, como prática racional, fundamentada e sensitiva, permite por em movimento, por meio da deliberação, do diálogo e da análise interpretativa, diferentes respostas discursivas que contribuem para dar um novo significado às condições das relações intersubjetivas sociais e familiares, no marco tanto da intencionalidade ética, orientada para a vida boa (teleológico), como no marco normativo (deontológico), como complementares. No maltrato e abuso infantis é necessário gerar novas compreensões e discursos, como resultado das novas configurações sociais, culturais e filiais, que simultaneamente superem a dicotomía persistente vítima-vitimário e que permitam interpretar, reinterpretar e propor novas proposições para a política pública e saúde pública. Este artigo evidencia a possibilidade de gerar novos enfoques integradores —éticos, políticos e sociais— sobre a maneira como se compreende o maltrato infantil, numa perspectiva complexa e dinâmica, que o situa no campo das interações humanas e de suas vicissitudes.
Palavras-chave:
bopética hermenêutica, saúde pública, política pública, categorias de encontro, maltrato e abuso infantil
Como Citar
Cardozo de Martínez, C. A., Maldonado Gómez, O. del C., García González, A., & Segovia Baus, S.J., G. (2015). Definição da política pública na prevenção e manejo do maltrato e abuso: bioética hermenêutica e saúde pública como referências. Acta Bioethica, 21(1). Recuperado de https://actabioethica.uchile.cl/index.php/AB/article/view/36496