A psicanálise e a neuroética se ocupam dos fenômenos éticos que nascem da aplicação de técnicas e tecnologias surgidos das ciências da psiquê. Existe uma considerável coincidência entre os tópicos cobertos pela neuroética e os fenômenos conceituais que tem constituido a ocupação dos psicanalistas. A neuroética descansa numa perspectiva biologicista, na qual é real só aquilo que é biológico; com isso entrega uma visão da ética que limita o significado do único tema que importa à
psicanálise: a compreensão dos significados inconscientes e o papel do discurso para discernir e justificar estes sentidos. A neuroética tem conduzido a ética a considerar o sensorial, o físico e o visual, às expensas do significado psicológico da dimensão psíquica da existência humana.
Palavras-chave:
neuroética, a psicanálise, significado inconsciente, sem querer, produtos biológicos
Como Citar
Figueroa Cave, G. (2016). A ciência irrompe na ética médica: neuroética e psicanálise de Freud. Acta Bioethica, 22(2). Recuperado de https://actabioethica.uchile.cl/index.php/AB/article/view/43761