Legislação para os incapacitados no Brasil. Da dignidade humana à inclusão social. O avanço das capacidades como imperativo ético

Autores

  • Rosylane Nascimento das Mercês Rocha Faculty of Medicine of the University of Porto
  • Josierton Cruz Bezerra National Social Security Institut
  • Francisco Cortes Fernandes Pontifical Catholic University of Goiânia
  • Mónica Correia Faculty of Medicine of the University of Porto
  • Rui Nunes Faculty of Medicine of the University of Porto

Resumo

O estudo analisa o fundamento ético e jurídico da legislação brasileira para as pessoas com incapacidade e comprova se os instrumentos ali utilizados se ajustam ao Direito nacional e internacional. Além disso, investiga a coerência e coesão da lei e suas normas éticas para construir uma sociedade inclusiva e justa. Mediante revisão exploratória e integrativa, analisou as disposições legais vigentes no Brasil publicadas nos sites web oficiais do governo federal brasileiro e disponíveis na Internet. Avaliou-se se a definição utilizada para as pessoas com incapacidade segue a Convenção das Nações Unidas sobre os Direitos das Pessoas com Incapacidade. Também, se é necessário avaliar as incapacidades e quem deve realizar essa tarefa profissionalmente. Se encontraram 33 normas legais, entre as quais somente três leis e dois decretos se ajustam às recomendações da Convenção das Nações Unidas. É necessário revisar as normas existentes e promover a consolidação das leis, decretos, regulamentos e instruções normativas relativas aos direitos das pessoas incapacitadas de maneira uniforme, sobre uma base técnico-científica adequada. Esta revisão deve ser coerente com as disposições da Constituição Federal de 1988, a Convenção Internacional sobre os Direitos das Pessoas com Incapacidade e a Lei de Inclusão brasileira.

Palavras-chave:

pessoas com incapacidade, legislação sanitária, avaliação da incapacidade