As barreiras éticas envolvidas na prática da medicina paliativa pediátrica ainda são grandes e desafiadoras. No que
diz respeito à ética médica, deve-se prestar atenção à cultura, religião e valores familiares, a fim de pro-mover um cuidado adequado
para os cuidadores, mesmo em caso de perda do paciente, promovendo um pro-cesso de luto com menos sofrimento.
Os dados foram analisados qualitativamente pelo software IRAMU-TEQ, com um alto grau de significância das respostas dos
ensaios sobre ética relacionada aos cuidados palia-tivos em pediatria. As discussões sobre prognóstico, objetivos de cuidados
e opções de tratamento podem ser extremamente desafiadoras, uma vez que as alternativas de cuidados paliativos legalmente
suportadas podem divergir dos desejos da família. Nosso estudo conclui que existem divergências entre a implementação
da medicina paliativa e a ética em relação à aceitação e manejo do fim da vida de pacientes pediátricos. Os desa-fios éticos
são constantemente situações complexas em que os médicos paliativistas devem relacionar concei-tos legais, conhecimento
e valores familiares, que frequentemente entram em conflito. A qualidade dos cuida-dos paliativos depende inicialmente da
capacidade de profissionais especializados identificarem e explicarem as questões éticas que levam a conflitos ou incertezas,
além de levantar discussões com a família sobre ques-tões médicas, morais e legais que cercam a situação difícil.
de Almeida Rocha, A. ., Freitas, L. ., Cesconetto, J. ., Rebouças, L. C. ., Salomão, V. B. ., & Nunes, R. M. L. . (2023). Cuidados paliativos pediátricos no Brasil: uma reflexão ética da prática médica. Acta Bioethica, 29(1), pp. 39–48. Recuperado de https://actabioethica.uchile.cl/index.php/AB/article/view/70907