Este artigo reflete sobre a competência comunicativa intercultural como contribuição para a formação de profissionais em ciências da saúde. Visualiza-se um modelo de saúde reducionista, tecnocrático e culturalmente descontextualizado, e o escasso desenvolvimento da "competência comunicativa intercultural" nos profissionais de saúde é visto como uma grande barreira, que dificulta a comunicação com pacientes de outras culturas. Portanto, é de vital importância desenvolver essa competência na formação desses profissionais. Isso implicará desenvolver componentes que fundamentam essa competência, ou seja, consciência, sensibilidade e eficácia intercultural, o que permitirá a aquisição de habilidades cognitivas, afetivas e comportamentais que beneficiem a comunicação eficaz e adequada com pacientes de diversos contextos culturais e sociais. Da mesma forma, permitirão compreender em profundidade aspectos, valores e práticas que fundamentam um sistema de saúde culturalmente diferente, e promoverão o avanço no conhecimento, compreensão e desenvolvimento de práticas inovadoras e relevantes no sistema de saúde, a partir de uma abordagem intercultural e abrangente. Por fim, permitirá superar desigualdades, incompreensões, preconceitos, exclusões e injustiças sociais.
Beltrán-Véliz, J. ., Gálvez-Nieto, J. L. ., Klenner Loebel, M. ., Alarcón, A. M. ., & Vera-Gajardo, N. . (2025). Desenvolvimento da competência comunicativa intercultural. Desafios e contribuições para a formação de profissionais de saúde. Acta Bioethica, 31(1), 49–56. Recuperado de https://actabioethica.uchile.cl/index.php/AB/article/view/78367