A medicina se constituiu como uma atividade, resultante de ensino com metodologia própria, a partir da escola hipocrática. Como atividade, se relaciona com todas aquelas que buscam a produção de algo, neste caso, a saúde dos pacientes, considerada esta como um bem particular. Desse modo, o médico -enquanto produtor- deve ultrapassar à sua visão primeira, de intervenção junto a um sujeito carente de saúde ou em vías de perdê-la. Esse trabalho buscará refletir sobre como o médico consegue conceber uma ação que, plasmada em um paciente com suas particularidades, se constitua de efeito considerado curativo. A tese fundamental desta reflexão é mais que utilizar critérios úteis, considerados universais, para o ser humano, deve-se acreditar em uma intervenção desenhada na medida de um ser humano particular, possuidor de toda uma complexidade pessoal.
Palavras-chave:
ética, ética médica, filosofía da medicina, humanidades
Biografia do Autor
Mauricio Besio R., Pontificia Universidad Católica de Chile
Médico Cirujano. Magíster en Filosofía. Profesor Asociado Departamento de Obstetricia y Ginecología, Centro de Bioética, Pontificia Universidad Católica de Chile
Besio R., M. (2010). O ato médico: uma criação original? Reflexões sobre sua essência, surgimento e riscos a que se está exposto. Acta Bioethica, 16(1). Recuperado de https://actabioethica.uchile.cl/index.php/AB/article/view/8307