Objetiva-se refletir sobre a simulação no ensino de enfermagem a luz da bioética e dos direitos humanos. Trata-se de ensaio reflexivo que parte da premissa que o contexto formativo atual em saúde e enfermagem deve contemplar, em seus processos, estratégias de ensino e aprendizagem que levem em consideração as diversas questões éticas e bioéticas, dos direitos humanos, dos avanços tecnológicos e do conhecimento científico. Justifica-se o uso da simulação no ensino de enfermagem a partir da perspectiva da dignidade da pessoa humana, da não instrumentalização da pessoa humana, da igualdade, e da não discriminação. Além disso, são apontados alguns princípios fundamentais da bioética e sua relação com a simulação. Discute-se ainda, as contribuições dessa estratégia de ensino e aprendizagem na perspectiva do doente/usuário, do estudante, da universidade, e das instituições de saúde. Ao considerar esses aspectos, é imprescindível pensar numa prática formativa que incorpore essas dimensões nos seus processos de formação dos futuros enfermeiros.
Raniere de Oliveira Costa, R., de Medeiros, S. M., Amado Martins, J. C., & Dias Coutinho, V. R. (2018). A simulação no ensino de enfermagem: reflexões e justificativas a luz da bioética e dos direitos humanos. Acta Bioethica, 24(1), 31–38. Recuperado de https://actabioethica.uchile.cl/index.php/AB/article/view/49375